A doença de maior prevalência na Odontologia nos dias de hoje é a LCNC , lesão cervical não cariosa, e não mais a doença cárie. Essas lesões se apresentam em forma de desgastes na região cervical (próximo à gengiva), e essa lesão geralmente vem acompanhada de hipersensibilidade dentinária. Uma em cada sete pessoas da população adulta sofre de hipersensibilidade dentinária (dentes sensíveis com quente ou gelado). As causas podem estar relacionadas a fatores oclusais: mastigação desequilibrada unilateral, ausência de dentes, ranger de dentes ou apertamentos dentários. Além disso, esses fatores podem estar associados a fatores sistêmicos: estresse, refluxo gástrico, bulimia, pós cirurgia bariátrica, além de dieta ácida, jejum intermitente.
Para o tratamento, é necessária uma avaliação criteriosa para uma orientação diferenciada conforme o problema apresentado, e o protocolo a se seguir: em caso de dor, para o tratamento é necessário uso de laserterapia e restauração da lesão cervical não cariosa; em LCNC sem dor: é necessário realizar a restauração mesmo assim, para que não sofra mais perda de material dentário. Em ambos esses dois tipos de casos é necessário verificar e intervir, tratar os problemas oclusais que levaram às lesões, bem como orientar em casos de dietas ácidas, como por exemplo o uso de limão por parte de muitos pacientes, neste caso é importante escovar os dentes com escova macia e após no mínimo  40 minutos após o consumo do limão, para que o ph salivar se recupere de continuar ácido e não haja perda de componentes dentários na escovação.
As pastas dentárias que diminuem a sensibilidade contribuem para ajudar a minimizar os sintomas, mas não tratam , o ideal é passar pela consulta odontológica para saber qual pasta usar como coadjuvante.